Se nos tornarmos vítimas de nossos hábitos e da rotina, tendemos a reagir aos fatos presentes sem espontaneidade. Tendemos a reagir a eles em termos de algo que aprendemos no passado, e não como se fossem o aqui e o agora.
Precisamos ter bastante consciência do inusitado de cada fato, aqui e agora, para sermos capazes de reagir apropriada e espontaneamente a ele. Ao mesmo tempo, precisamos ter suficiente consciência da semelhança dos fatos atuais com fatos passados, para permitir que nossa experiência passada nos ajude a ser mais eficientes em nossa experiência imediata.
Em certo sentido podemos dizer que estamos todo o tempo tentando entrar na nossa própria luz. Nossos eus superficiais eclipsam nossos eus mais profundos, e não permitem que apareça essa branda força, que é dentro de nós um fato imparcial. o eu mais profundo em nós é de alguma forma um contínuo com a mente do universo, ou como quer que o queiram chamar. Mas, como digo, não é preciso aceitar isso.
Temos de aprender a ver o que significa sermos o que somos e onde o somos. Temos de conhecer o que nos rodeia; temos de saber como reagimos ao que nos rodeia; temos de saber o que acontece dentro dos nossos corpos; e temos de ter uma idéia clara do que estamos pensando, sentindo, desejando e querendo. Em outras palavras, precisamos obedecer à velha máxima socrática - já era uma máxima bem velha mesmo no tempo de Sócrates: "Conhece a ti mesmo".
DO INCRÍVEL LIVRO >> A Situação humana - Aldous Huxley
### na ordem e forma que me convém :)
E não só Conhecer a si mesmo, mas ser Sujeito de si mesmo, bem dizia Nietzsche.
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