Ainda está para nascer algo que me soe mais enigmático do
que o tempo, adorado em sua grandeza, em sua infinitude, porém odiado por não
nos ser permitido caminhar ao seu lado durante todo seu percurso, por nos ser
tão cruel a ponto de permitir-nos acompanhar aquela criatura estranho que se
consome a cada vez que olhamos no espelho, e como ela nos olha de volta, como é
estranha, como nos persegue e, como queremos evita-la, mas ela está lá, e está
lá de novo, e de novo, e insiste e nos perseguir.
Existem coisas e, porque não, pessoas que se tornam imunes a
ele, ficam eternizadas, se tornam atemporal (?), estão presentes na memória,
nas falas, nos lugares, como se sua presença permanecesse ali, como um
fantasma, porém tão logo nosso pensamento de dissipe, tão logo ele se desvie
para qualquer outra futilidade que faça parte do nosso cotidiano, elas somem,
elas morrem, pois estão petrificadas e, transformadas em estátuas podem
resistir ao tempo, por anos e anos, mas estão completamente entregues aos
pensamentos alheios.
Gostaria de poder divagar mais sobre o assunto, de descrever
a angústia que é estar perdendo lentamente a vida para futilidades inúteis como
trabalho, burocracias, filas; o desespero de me despedir diariamente de mim
mesma sem nem ao menos poder me conhecer, porém meu senhor me chama, devo atende-lo,
o tempo para pensar acabou, agora quem sabe semana que vem...
- Só um minuto, já estou indo cotidiano...
Muito bacana lu, mandou bem! Mas tem uns erros do portuga em! :P perdoável... passou a idéia! Deixemos pra concertar os erros quando forem publicar nas revistas e jornais falawe? ^^
ResponderExcluir